Há uma visão positiva em relação às ações brasileiras, não por causa do país em si, mas em razão das expectativas relacionadas ao início de um ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve neste ano, observou uma estrategista do JPMorgan, após reuniões com investidores nos Estados Unidos.
“A história do Brasil em 2024 enquadra-se no manual de mercados com beta elevado que vão bem no contexto em que o Fed reduz as taxas de juros em algum momento. O Brasil cabe como uma luva nessa história porque também tem juros em queda – o que é bom para as ações – e ‘valuations’ baratos”, afirmou.
Em relatório enviado a clientes, a analista notou que a questão de escolha de setores e ações é mais complicada. Ela explica que a sua tese tem sido a de que os fluxos estrangeiros determinam a direção do mercado e que esses fluxos são determinados pelos títulos do Tesouro dos EUA.
“Uma conclusão importante do nosso roadshow é que há apetite por mercados com beta mais elevado assim que houver visibilidade do momento da flexibilização da Fed, não muito diferente do que vimos acontecer aos mercados em novembro e dezembro”, acrescentou.
Ainda sobre os encontros, a estrategista relatou que não existem opiniões fortes sobre as taxas de juros, com a previsão de Selic terminal a 9%, conforme o Focus, parecendo bem, enquanto os investidores não exploraram muito a chance de uma aceleração do corte ou de taxa terminal em nível mais baixo.
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